terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Controle das emoções é obra da Inteligência.




A emoção determina a inteligência. Em praticamente todas as áreas da ciência,
os especialistas concordam que a capacidade de controlar os sentimentos e as emoções está relacionada à inteligência emocional. Os pesquisadores acreditam que a capacidade de adiar a recompensa é uma habilidade. É uma vitória do racional sobre os impulsos. Trata-se de uma característica da inteligência emocional, que não aparece nos testes de Q. I. A descoberta não foi feita por Daniel Goleman, autor do livro “Inteligência emocional”. No início da década de 70, o pesquisador Walter Mischel, da Universidade de Columbia, relacionou a capacidade de esperar recompensas e o sucesso na vida adulta. Ele reuniu um grupo de crianças, entregou a cada uma um biscoito e pediu que esperassem um tempo antes de comê-lo. Algumas comeram imediatamente o biscoito. Em seguida, deu a todas as crianças mais um biscoito e disse que aquelas que conseguissem esperar, ganhariam mais. As mesmas crianças comeram imediatamente. O cientista observou que as crianças que conseguiam esperar a recompensa conversavam com as outras. Ele acompanhou o grupo até a adolescência e descobriu que as que souberam esperar tinham melhor desempenho na escola e na faculdade.
Algumas pessoas podem ter um QI alto e uma boa inteligência emocional, mas muitos indivíduos inteligentes não sabem trabalhar suas emoções. Quando os otimistas falham, costumam atribuir o fracasso a algo que podem mudar. Não encaram o problema como uma deficiência pessoal. As habilidades emocionais mais visíveis são aquelas que reconhecemos com maior facilidade, como empatia e amabilidade. O otimismo, por exemplo, é uma medida de auto-estima. De fato, as pessoas com uma visão otimista da vida tendem a enfrentar obstáculos e retrocessos como situações temporárias e, portanto, suportáveis. Os pessimistas levam tudo para o lado pessoal. Eles vêem o mundo como uma ameaça permanente. No mundo dos negócios, o QI é importante para ser contratado. Mas a inteligência emocional serve para promovê-lo. Um exemplo: os atletas são altamente treinados, mas, às vezes, fracassam devido a algum problema emocional como autoritarismo, ambição exagerada e conflitos com colegas de trabalho.
(Alfredo Castro Neto) Psiquiatra infantil 

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