sábado, 27 de agosto de 2011

Mobilização já!!!


Atenção Assistentes Sociais:


A Lei das 30 horas para os profissionais do Serviço social corre perigo. Tramita no Superior Tribunal Federal uma ação de inconstitucionalidade contra nossa lei, duramente conquistada e ainda em fase de implementação. Se os juízes do supremo decidirem por sua inconstitucionalidade, ela cai por terra, deixa de ter efeito. Não vamos permitir que isso aconteça! Façamos pressão política junto aos ministros, assinando o abaixo assinado que está no site do CFESS. Precisamos de no mínimo 30.000 assinaturas e ainda temos pouco mais de 13.000. Acessem a página do CFESS e assinem, convoquem outros profissionais, estudantes, familiares e a sociedade em geral Vamos defender esta conquista!!!



segunda-feira, 15 de agosto de 2011

É tempo de Poesia

Desejo


Se eu soubesse que no mundo
Existia um coração,
Que só' por mim palpitasse
De amor em terna expansão;
Do peito calara as mágoas,
Bem feliz eu era então!

Se essa mulher fosse linda
Como os anjos lindos são,
Se tivesse quinze anos,
Se fosse rosa em botão,
Se inda brincasse inocente
Descuidosa no gazão;

Se tivesse a tez morena,
Os olhos com expressão,
Negros, negros, que matassem,
Que morressem de paixão,
Impondo sempre tiranos
Um jugo de sedução;

Se as tranças fossem escuras,
Lá castanhas é que não,
E que caíssem formosas
Ao sopro da viração,
Sobre uns ombros torneados,
Em amável confusão;

Se a fronte pura e serena
Brilhasse d'inspiração,
Se o tronco fosse flexível
Como a rama do chorão,
Se tivesse os lábios rubros,
Pé pequeno e linda mão;

Se a voz fosse harmoniosa
Como d'harpa a vibração,
Suave como a da rola
Que geme na solidão,
Apaixonada e sentida
Como do bardo a canção;

E se o peito lhe ondulasse
Em suave ondulação,
Ocultando em brancas vestes
Na mais branda comoção
Tesouros de seios virgens,
Dois pomos de tentação;

E se essa mulher formosa
Que me aparece em visão,
Possuísse uma alma ardente,
Fosse de amor um vulcão;
Por ela tudo daria...
— A vida, o céu, a razão! 



Autor: Casimiro de Abreu

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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O Serviço Social: Renovação.


As adequações das instituições sociais ao projeto da ditadura e a implantação das empresas médias, estatais e monopolistas no final de 1960, ampliaram o seu mercado de trabalho. Além desses espaços de trabalho, o assistente social atuava nas "organizações de filantropia privada, as quais não tinham vínculos com o Estado ou com as empresas, buscavam o trabalho do assistente social em função da miséria, do inchamento das áreas urbanas e outras seqüelas sociais aprofundadas pelo regime militar.
O processo de renovação do Serviço Social no Brasil está articulado às questões colocadas pela realidade da época, mas por ter sido um movimento de revisão interna, podemos afirmar que o Movimento de reconceituação do Serviço Social na América Latina constituiu-se numa expressão de ruptura com o Serviço Social tradicional e conservador; e na possibilidade de uma nova identidade profissional com ações voltadas às demandas da classe trabalhadora cujo eixo de sua preocupação da situação particular para a relação geral – particular, e passa a ter uma visão política da interação e da intervenção.
 É impossível falar do Serviço Social sem se referenciar aos anos 80, pois esta década é fundamental para o entendimento da profissão hoje, significa o início da maturidade da tendência atualmente hegemônica na academia e nas entidades representativas da categoria - intenção de ruptura - e, com isso, a interlocução real com a tradição marxista. No entanto, os profissionais desta vertente se inserem, na sua maioria, nas Universidades, onde dentro do processo de renovação da profissão, pouco efetivamente intervêm nos serviços. Se o Serviço Social cresceu na busca de uma fundamentação e consolidação teórica, poucas mudanças conseguem se apresentar na intervenção.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

O Serviço Social e os desafios comtemporaneos.


Visualizando a profissão dos Assistentes Sociais, inserida no processo de reprodução das relações sociais e se afirmássemos que a Instituição Serviço Social é produto da realidade social mais abrangente, expressaríamos apenas um ângulo da questão. A profissão se afirma como instituição peculiar na e a partir da divisão do trabalho social, respondendo as necessidades sociais derivadas da prática histórica das classes sociais na produção e reprodução dos meios de vida e de trabalho de forma socialmente determinada. Assim, ao produzirem os meios de vida, os homens produzem sua vida material onde o grau de desenvolvimento da divisão social do trabalho expressa o grau de desenvolvimento das forças produtivas sociais do trabalho. O Serviço Social surge como um dos mecanismos utilizados pelas classe dominantes como meio de exercício de poder na sociedade, modificando-se em função das características diferenciadas da luta de classes e das conseqüências do capitalismo. Tendo o trabalho como potência que só se exterioriza em contato com os meios de produção, só sendo consumido, ele cria valor. O consumo dessa força de trabalho pertence ao capitalista, do mesmo modo que lhe pertencem os meios de produção. Nesse aspecto, o trabalhador sai do processo de produção da mesma maneira como entrou, como mera força de trabalho, como fonte pessoal de riqueza para outros e assim verifica-se que até os seus meios de vida estão monopolizados também pela classe capitalista. Esses trabalhadores entregam diariamente o valor de uso de sua força de trabalho, gerando na classe trabalhadora uma antítese consigo mesma, os próprios meios de sua dominação, é a sua condição de sobrevivência. Nesse contexto observa-se que capital e trabalho assalariado se criam mutuamente no mesmo processo e onde este processo de produção capitalista é ao mesmo tempo um processo de relações sociais entre classes. Como a totalidade da vida social na reprodução do capital supõe a recriação ampliada da classe trabalhadora e do poder da classe capitalista, esta também é responsável pela geração de uma reprodução ampliada da pobreza e da riqueza que permeia as relações de classes a qual se expressa na luta de classe. Com o exposto, os autores procuram explicitar como o próprio processo de exploração produz a sua legitimação e como, através da prática política, este descompasso no funcionamento da sociedade pode ser superado. O Serviço Social no Processo de Reprodução das Relações Sociais.

A ANTROPOLOGIA E O SERVIÇO SOCIAL - O saber antropológico no Serviço Social


Diversidade Humana e Etnocêntrismo
A humanidade  sempre esteve em constante desenvolvimento, agregando conhecimento e cultura e repassando ao longo dos tempos às gerações futuras. Apesar dos conhecimentos, e é assim que aprendemos com nossos pais: "errar é humano", o que não se aplica quando se persiste no erro, e o que ocorre é que ainda hoje há discriminação seja por raça ou cor ou credo, o fato é que a humanidade sempre teve reações variadas pelas diferenças que percebiam entre si e os vários povos com os quais tinham contato. Guerreiros; viajantes; comerciantes; e lendas relatavam a seus pares, desde a mais remota antiguidade, as exoticidades dos demais. As reações eram e são variadas: desde o medo a curiosidade, a repulsa etc. Aspectos culturais e físicos imediatamente perceptíveis da singularidade dos “outros”, como vestimentas; ornamentos corporais; estatura; cor da pele, cabelos e olhos; e língua, ressaltavam a singularidade mais aparente. Os “costumes” mais estranhos, porém, sobressaiam aos que tinham a oportunidade de passar um certo tempo maior entre os “estrangeiros” e outras diferenças mais profundas entre os povos só poderiam ser apreendidas por um olhar mais detalhado: historiadores como Heródoto são tidos, por alguns, como os primeiros “antropólogos”, por se preocuparem com a organização das sociedades que descrevia, e não somente com os acontecimentos históricos, buscando assim uma razão, uma causalidade para os eventos. As explicações sobre a diversidade humana sempre ressaltaram com mais ênfase os aspectos negativos dos “outros”, tendo como parâmetro as características positivas, físicas e culturais, dos povos sob cujo ponto de vista se pensava a diferença. Chega-se até a negar a qualidade de “humano” aos demais povos. Alguns exemplos: entre os povos indígenas brasileiros, a autodesignação, a rigor, enfatiza as qualidades de “seres humanos”; “gente”; “povo de Deus” de cada povo. E para os demais restam termos, no mínimo, desagradáveis, como “os agressivos selvagens”; “os comedores de carne de mamíferos ou de cobra” ou outra característica repulsiva. Já nos primeiros séculos da colonização luso-espanhola, o estatuto de “seres com alma” chegou a ser negado aos habitantes tradicionais das Américas, sendo objeto de discussões acirradas no âmbito da Igreja Católica.
A esta atitude a antropologia chama de “etnocentrismo”, uma atitude generalizada entre as sociedades humanas de valorizarem ao máximo como as melhores, as mais corretas, suas formas de viver; agir; sentir e pensar coletivamente. Outros exemplos demonstram atitudes mais positivas em relação à alteridade, como na Primeira Carta ao Rei de Portugal, em que Caminha descreveu os “índios” como alegres e inocentes como crianças, sem notarem que estavam expondo suas “vergonhas”. Rousseau, um crítico da sociedade européia, cunhou a idéia do “bom selvagem” e as cortes européias deleitavam-se com a exoticidade animal e humana do “Novo Mundo”. Segundo Maggie (op. cit. : 226), foi a partir do século XVI, com a expansão colonial européia, que caracteres como a cor da pele e outros traços físicos dos povos encontrados por exploradores passou a ser um aspecto privilegiado no imaginário europeu, como marcador das diferenças entre os povos.


A ANTROPOLOGIA E O SERVIÇO SOCIAL - O saber antropológico no Serviço Social


A Evolução Humana
Será que a humanidade ainda está a evoluir? A nível biológico foi quase nula (exceto o famoso polegar mais desenvolvido e afastado ): a espécie homo sapiens sapiens é quase a mesma desde o fim da última era do gelo. O homem sempre viveu socialmente, criando e adptando a sua cultura ao meio e a ele próprio. Mas ouve evolução nesse aspecto? A nossa cultura de hoje em dia poderá ser considerada uma evolução? Se observarmos os vários exemplos dados pela história veremos sim que a humanidade está em constante evolução. 
A nossa evolução pode ser confirmada pelos nossos feitos, a dúvida está no fato de não sabermos se essas mudanças serão benéficas ao nosso futuro no planeta. Através da tecnologia o homem pode provar que a evolução não tem limites e quanto a evolução tecnológica não resta dúvida: antes tínhamos rodas, agora temos motores a jato. De cavernas fizemos arranha-céus. Compensamos a nossa fraca condição humana com máquinas pesadas. Demos uma nova dimensão a linguagem com a escrita, impressão, mídia e internet.  Pouca gente tem dúvidas nesse aspecto.Mas a nossa conduta e moralidade? O homem mata hoje com mísseis. A civilização pode considerar-se evoluída, mas lhe falta um olhar ambiental, cuidar melhor de sua casa- o planeta terra. Somos ainda caçadores, coletores na nossa mentalidade, pilhando a Terra dos seus recursos. Mantemos os mesmos vícios e virtudes e apesar de certos valores e comportamentos diferenciarem-se, isso também acontece entre culturas contemporâneas?