sexta-feira, 27 de abril de 2012

Av 1 - Processos de Trabalho e o Serviço Social

Questão 1




O princípio básico de Marx está no materialismo histórico, o qual tem o trabalho como sua fundamentalidade. Em Marx, entendemos que o trabalho:

I – O trabalho não pode ser considerado algo natural, pois o ser humano em seu processo sócio histórico, deve exercer a capacidade de escolha, em optar pelo trabalho ou não.

II – Marx afirma que o homem deve ser direcionado ao trabalho para que ele possa desenvolver suas habilidades físicas. Antes dessa inserção laborativa, o seu intelecto e físico não pode ser desenvolvido.

III – O trabalho, em Marx, mantém a natureza, pois a natureza não pode ser humanizada.

Sobre as afirmativas acima, entendemos que:



Alternativas


1 - somente I e II estão corretas

2 - somente II está correta

3 - somente III está correta

4 - todas as afirmativas estão incorretas

5 - todas as afirmativas estão corretas



Sua resposta





4 - todas as afirmativas estão incorretas



Questão 2

"Metade dos operários são crianças abaixo dos 13 anos e adolescentes com menos de 18. Esta indústria é a tal ponto insalubre e repugnante e, por isso mesmo, tão mal afamada, que só a parte mais miserável da classe operária lhe fornece crianças esfarrapadas, corrompidas e meio mortas de fome. Entre as testemunhas ouvidas pelo comissário White, havia 270 com menos de 18 anos, 40 com menos de 10, 12 com 8 anos, e 5 com 6 anos! O dia de trabalho variava entre doze, catorze e quinze horas; trabalhavam também de noite; refeições irregulares tomadas quase sempre dentro da fábrica, envenenados pelo fósforo. Dante consideraria que as torturas do seu inferno seriam um zero ao pé destas manufacturas." (MARX, 1974, p. 155,156). A referida citação faz referência a:

I - A partir dessa afirmativa percebemos que, com o advento do sistema capitalista, das máquinas nas fábricas, foi se reduzindo cada vez mais a necessidade da aplicação da força muscular no desempenho do trabalho.

II – Com a redução da aplicação da força muscular, permitiu-se assim o emprego de trabalhadores mais fracos fisicamente ou até mesmo com um desenvolvimento físico incompleto, e flexibilidade muscular.

III – Era um momento em que empregavam mulheres e crianças, as quais muitas delas se viam obrigadas a trabalhar devido à baixa remuneração que o homem recebia.

Estão corretas as afirmativas:

Alternativas

- somente I e II

2 - somente I e III

3 - somente I

4 - somente II e III

5 - todas as afirmativas estão corretas.

Sua resposta

5 - todas as afirmativas estão corretas.



Questão 3

Marx (1974, 155) diz que “(...) poderoso meio de substituir trabalho e trabalhadores, a maquinaria transformou-se imediatamente em meio de ___________ o número de assalariados (...)”. O termo que preenche corretamente a lacuna é:

Alternativas

1 - diminuir

2 - aumentar

3 - igualar

4 - quantificar

5 - nenhuma das anteriores

Sua resposta

2 – aumentar



Questão 4

A segmentação da sociedade é refletida na Teoria Social de Marx, que elucida a relação entre a burguesia, possuidores de propriedade privada dos meios de produção, e o proletariado, não possuidor. Netto (1991) ao fazer uma análise sobre os pressupostos da Teoria Social de Marx afirma que “a sociedade burguesa se funda na exploração e na opressão da maioria pela minoria”. Sendo assim, afirmamos que:

I - Esta exploração acontece sob a forma legal da propriedade privada dos meios de produção.

II - A classe proletariada fica condicionada a vender sua força de trabalho à burguesia.

III - A força de trabalho se torna uma mercadoria, que é vendida pela remuneração mensal.

Estão corretas as afirmativas:

Alternativas

1 - somente I e II

2 - somente I e III

3 - somente II

4 - somente III

5 - todas as afirmativas estão corretas

Sua resposta

5 - todas as afirmativas estão corretas





Questão 5

Sobre a divisão social do trabalho, a luz de Marx, podemos afirmar que:

I - A idéia concebida por Marx é que estamos inseridos no modo de produção capitalista e que neste ocorre à divisão do trabalho não só como um meio para se alcançar a produção de mercadorias, mas considera a divisão de tarefas entre as pessoas e nas relações de propriedade.

II - A divisão do trabalho pode ser assim entendida como a divisão dos meios de produção e da força de trabalho.

III - É importante ressaltar que a divisão do trabalho é um fenômeno que sempre existiu e que se torna inerente ao trabalho humano.

Estão corretas as afirmativas:

Alternativas

1 - somente I

2 - somente II

3 - somente I e II

4 - somente III

5 - todas as afirmativas estão corretas

Sua resposta

5 - todas as afirmativas estão corretas




quinta-feira, 5 de abril de 2012

Os girassóis e nós.


Eles são submissos. Mas não há sofrimento nesta submissão. A sabedoria vegetal os conduz a uma forma de seguimento surpreendente. Fidelidade incondicional que os determina no mundo, mas sem escravizá-los. A lógica é simples. Não há conflito naquele que está no lugar certo, fazendo o que deveria. É regra da vida que não passa pela força do argumento, nem tampouco no aprendizado dos livros. É força natural que conduz o caule, ordenando e determinando que a rosa realize o giro, toda vez que mudar a direção do Regente. Estão mergulhados numa forma de saber milenar, regra que a criação fez questão de deixar na memória da espécie. Eles não podem sobreviver sem a força que os ilumina. Por isso, estão entregues aos intermitentes e místicos movimentos de procura. Eles giram e querem o sol. Eles são girassóis. Deles me aproximo. Penso no meu destino de ser humano. Penso no quanto eu também sou necessitado de voltar-me para uma força regente, absoluta, determinante. Preciso de Deus. Se para Ele não me volto corro o risco de me desprender de minha possibilidade de ser feliz. É Nele que meu sentido está todo contido. Ele resguarda o infinito de tudo o que ainda posso ser. Descubro maravilhado. Mas no finito que me envolve posso descobrir o desafio de antecipar no tempo, o que Nele já está realizado. Então intuo. Deus me dá aos poucos, em partes, dia a dia, em fragmentos. Eu Dele me recebo, assim como o girassol se recebe do sol, porque não pode sobreviver sem sua luz. A flor condensa, ainda que de forma limitada, porque é criatura, o todo de sua natureza que o sol potencializa. O mesmo é comigo. O mesmo é com você. Deus é nosso sol, e nós não poderíamos chegar a ser quem somos, em essência, se Nele não colocarmos a direção dos nossos olhos. Cada vez que o nosso olhar se desvia de sua regência, incorremos no risco de fazer ser o nosso sol, o que na verdade não passa de luz artificial. Substituição desastrosa que chamamos de idolatria. Uma força humana colocada no lugar de Deus.
A vida é o lugar da Revelação divina. É na força da história que descobrimos os rastros do Sagrado. Não há nenhum problema em descobrir nas realidades humanas algumas escadarias que possam nos ajudar a chegar ao céu. Mas não podemos pensar que a escadaria é o lugar definitivo de nossa busca. Parar os nossos olhos no humano que nos fala sobre Deus é o mesmo que distribuir fragmentos de pólvora pelos cômodos de nossa morada. Um risco que não podemos correr. Tudo o que é humano é frágil, temporário, limitado. Não é ele que pode nos salvar. Ele é apenas um condutor. É depois dele que podemos encontrar o que verdadeiramente importa. Ele, o fundamento de tudo o que nos faz ser o que somos. Ele, o Criador de toda realidade. Deus trino, onipotente, fonte de toda luz. Sejamos como os girassóis...
Uma coisa é certa. Nós estamos todos num mesmo campo. Há em cada um de nós uma essência que nos orienta para o verdadeiro lugar que precisamos chegar, mas nem sempre realizamos o movimento da procura pela luz. Sejamos afeitos a este movimento místico, natural. Não prenda os seus olhos no oposto de sua felicidade. Não queira o engano dos artifícios que insistem em distrair a nossa percepção. Não podemos substituir o essencial pelo acidental. É a nossa realização que está em jogo. Girassol só pode ser feliz se para o Sol estiver orientado. É por isso que eles não perdem tempo com as sombras.

Eles já sabem, mas nós precisamos aprender.

Pr. Fábio de Melo.